SEDE DO SEBRAE NACIONAL

Brasília DF
2008

> 1º LUGAR EM CONCURSO NACIONAL
> Prêmio APCA 2010 – Categoria Obra de Arquitetura no Brasil – Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA)
> IV PRÊMIO ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO “O Melhor da Arquitetura” – Editora Abril [2011]
> Premio Bienal a la Joven Generación Latinoamericana – XIII BIENAL INTERNACIONAL DE ARQUITETURA DE BUENOS AIRES (BA11) [2011]
> Premio las mejores de la arquitectura y el urbanismo iberoamericanos – VIII BIAU – Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo – Cádiz (Espanha) [2012]
> WORLD ARCHITECTURE COMMUNITY AWARDS 10th CYCLE

 

VÍDEO – PEDRO KOK

 

MEMORIAL

Pátio, céu canalizado.
O pátio é o declive pelo qual se derrama o céu na casa.
Jorge Luis Borges

O partido adotado no projeto responde a um só tempo às condicionantes urbanísticas de Bra­sília – incluindo as características topográficas do terreno – e ao caráter da arquitetura que se pretende para a sede do SEBRAE. O que se propõe não é um edifício, mas um conjunto arqui­tetônico com: 1) ênfase na espacialidade interna, objetivando a integração dos usuários assim como da paisagem construída e natural; 2) máxima flexibilidade para a organização dos escritó­rios; 3) preocupação em se obter ótima performance ambiental e econômica.

O PÁTIO
Todo o conjunto se desenvolve a partir desta espacialidade interior. Desenvolvido em planta, o vazio adquire grande presença no interior do conjunto, na forma de pátio onde se localizam as atividades mais públicas. Ao redor desta praça interna, no térreo inferior encontra-se o espaço do Centro de Formação e Treinamento (CFT) e os restaurantes, enquanto no térreo superior estão os principais acessos do conjunto, com varandas e a cafeteria abertas à cidade e ao lago.

A TOPOGRAFIA E O SENTIDO ESPACIAL. O TÉRREO MULTIPLICADO
São dois os térreos. Optou-se por abrir um plano construído abaixo do nível da soleira, integrando-o verticalmente ao nível dos acessos, como térreos multiplicados, iluminados e ventilados pelo espaço livre que os circunscrevem, o que lhes concede expressão arquitetônica. O chão do edifício, público, é construído, portanto, distinto do terreno natural que o circunda, destinado às áreas verdes permeáveis.

A DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA
O arranjo do programa está diretamente ligado com a disposição das peças edificadas no terreno. Na base do conjunto (térreo inferior e superior) encontram-se as funções coletivas, as atividades que por vezes recebem colaboradores ou público externo, CFT e restaurantes. Estes espaços estão organizados e articulados pela Praça de Estar, marcada ainda pela presença do auditório. As funções administrativas, CDN e o corpo diretivo estão concentrados nos pavimentos superiores. No subsolo está organizado em um único pavimento a garagem e atividades relacionadas a manutenção predial.

OS ESCRITÓRIOS: MODULARIDADE E FLEXIBILIDADE
O projeto prevê facilidades para alterações constantes de arranjos, tanto para os espaços, quanto para os componentes de instalações prediais e de infra-estrutura – piso elevado, forro e ausência de pilares no meio dos pavimentos. A área disponível para os escritórios é, realmente, livre.

ARTICULAÇÃO, CIRCULAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA
Para conectar todos os setores, criou-se uma estrutura periférica dupla – dois castelos de circulação vertical, infra-estruturas e apoios diversos – com múltiplas possibilidades de ligação: escadas protegidas ou escadas comuns, varandas, passarelas e elevadores coletivos ou privativos promovem a comunicação entre os diversos espaços. A circulação incorpora no desenho do percurso cotidiano o vazio central, acentuando sua presença. Todas as redes de infra-estrutura se distribuem para o conjunto a partir de lajes com instalações (forros e pisos elevados) e dutos verticais especializados (shafts).

ACABAMENTO E EXPRESSÃO ARQUITETÔNICA
A expressão arquitetônica do conjunto arquitetônico proposto esta estreitamente vinculado as decisões de projeto que concorrem no sentido de proporcionar uma obra organizada e eficiente com redução estratégica das ações construtivas. As estruturas serão tratadas e permanecerão aparente, evidenciando-se a plasticidade do aço e concreto. Os painéis metálicos quebra-sois garantiram a integridade do conjunto.

CONFORTO AMBIENTAL E ECO-EFICIÊNCIA
Presta-se atenção a todas as discussões contemporâneas sobre práticas de projeto e construção que possam reduzir ou eliminar significativamente os impactos negativos dos edifícios em seus ocupantes e no meio ambiente, em cinco grandes áreas: 1)Planejamento sustentável do site; 2) Proteção e uso eficiente da água; 3) Eficiência energética e energia renovável; 4) Conservação de materiais e recursos; 5) Qualidade do ambiente interno.

O conjunto, se edificado, com o térreo aberto permitirá visuais alongadas, sublinhando a possibilidade de extensão do chão público sem comprometer o gabarito que resguarda o céu de Brasília e que estará presente no grande espaço central conformado. Finalmente, a delicada curva do castelo de serviços na face norte, além de ceder parte do terreno para cidade marca a singularidade desta construção, nem pretensamente palácio nem isolada, mas superfície convergente e multiplicadora da urbe, sua historia, sua vida.
 

FICHA TÉCNICA

PROJETO
2008

OBRA
2010

ARQUITETURA, COMUNICAÇÃO VISUAL, AMBIENTAÇÃO E MOBILIÁRIO
Luciano Margotto
Alvaro Puntoni
João Sodré
Jonathan Davies

COLABORADORES
Amanda Spadotto
André Nunes
Cristina Tosta
Camila Obniski
Daniela Pochetto
Fabiana Cyon
Flavio Castro
Isabel Nassif
João Yamamoto
José Paulo Gouvêa
Julia Caio Siqueira
Julia Valiengo
Juliana Braga
Luis Claudio Dias
Rafael Murolo
Rafael Neves
Raphael Souza
Roberta Cevada

MAQUETE
Gabriel Manzi
Fabio Gionco
José Paulo Gouvêa

LUMINOTÉCNICA
Ricardo Heder

PAISAGISMO
Fernando Magalhães Chacel
Sidney Linhares
cap consultoria ambiental paisagística

INSTALAÇÕES
Wang Mou Suong
Ulisses Tavano
phe engenharia de projetos hidráulicos e elétricos

Roberto Chendes
sittuare arquitetura e engenharia

ESTRUTURA
Jorge Zaven Kurkdjian
Julio Fruchtengarten
Jairo Fruchtengarten
Roberto Fruchtengarten
kurkdjian & fruchtengarten

ECOEFICIÊNCIA
Luis Carlos Chichierchio
Juliette Haase de Azevedo
ambiental consultoria

CLIMATIZAÇÃO
Eizo Kosai
thermoplan engenharia térmica

AUTOMAÇÃO, SEGURANÇA, ÁUDIO E VÍDEO
Roberto Luigi Bettoni
Aires Craveiro
Victor Vainer
bettoni automação e segurança

IMPERMEABILIZAÇÃO
Virginia Pezzolo
proassp assessoria e projeto

TRANSPORTE VERTICAL
Moacyr Motta
empro comércio e engenharia em transporte vertical

CONTENÇÕES
Engedat Consultoria e Projeto Ltda

CAIXILHOS
André Mehes

ORÇAMENTO
Mauro Zaidan
nova engenharia

PAINEL ARTÍSTICO
Ralph Gehre

FOTOGRAFIA
Nelson Kon

ÁREA DO TERRENO
10.000 m²

ÁREA CONSTRUÍDA
24.151 m²